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Reverenciando uma longa amizade, Gonzaga Leal faz homenagem aos 80 anos de Naná Vasconcelos

Por Mareu Araújo
maria.marques@diariodepernambuco.com.br

“Um amigo. Uma inspiração. Uma saudade”. É assim que o artista Gonzaga Leal começa a conversa, mostrando até dificuldade para conseguir exprimir toda a grandiosidade que foi ser próximo de alguém como Naná Vasconcelos. “Tive o privilégio de ser seu amigo. Sempre que possível ele estava na minha plateia. Meus encontros com ele eram enriquecidos pelo timbre incomum da sua voz, pelo olhar e expressão do rosto. Quando do nosso último encontro, conversamos sobre a vida, a paixão pela arte, pela morte e a ressurreição”, confessa.

E o Teatro de Santa Isabel é o palco escolhido pelo artista para reverenciar esse amigo, o grande percussionista pernambucano considerado oito vezes o melhor do mundo pela revista americana Down Beat e ganhador por oito vezes do prêmio Grammy. Naná era tido como uma autoridade mundial quando o assunto era percussão e sua familiaridade com o berimbau pode ainda ser considerada como um eterno caso de amor.

Foto: Ruan Pablo/DP

Na apresentação do show “Naná Vasconcelos – Os Quatro Elementos e a Busca do Sagrado”, no próximo domingo (28), Gonzaga sobe ao palco com uma banda recheada de jovens talentos, todos com um só propósito: honrar o nome de Naná. “Sentimos a sua ausência como homem e como artista. Ele nos ensinou a ultrapassar os limites do senso comum para semear campos onde a humanidade pudesse realizar, fertilizar e florescer a arte, sobretudo a música”, lembra Gonzaga.

Para quem for conferir a exibição, Gonzaga avisa: “Neste espetáculo me debruço sobre temas musicais do repertório de Naná fazendo uma interface com textos relacionados à nossa amizade, à vida, à paixão, à utopia, à morte e à ressurreição. É sobre este Naná Vasconcelos que irei falar e cantar”.

Só para dar um rápido spoiler do que o espectador verá nessa homenagem, a abertura do espetáculo trará O Canto do Cisne Negro, do grande maestro Heitor Villa-Lobos com adaptação do nosso Naná, figura que faz falta no Carnaval do Recife. Afinal, ao longo de 16 carnavais, ele foi responsável pela abertura, comandando nações de maracatu e recebendo nomes como Maria Bethânia, Marisa Monte, Elza Soares e tantos outros.

O show de Gonzaga Leal terá ingressos a preços acessíveis, custando R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia-entrada, e podem ser comprados na bilheteria do teatro. “Temos que estar sempre ´presentificando´ o artista e o homem que é Naná Vasconcelos”, vibra Gonzaga Leal.

Viva Naná!

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