ROBSON GOMES // [email protected]
O ano de 2024 foi mais que especial para Amaro Freitas. O pianista e compositor recifense lançou em 1º de março o seu quarto álbum, o elogiado Y’Y (Psychic Hotline, 2024). Ao cair na estrada para mostrar este novo trabalho para o Brasil e o mundo, o conterrâneo fez apresentações memoráveis para a sua carreira, chegando nos dias finais deste ano com um saldo bastante positivo.
>> Retrospectiva 2024: um ano de ouro para o teatro pernambucano
“Acredito que 2024 foi o melhor ano da minha carreira até aqui, pois tive uma presença internacional muito forte, com duas turnês no Japão, quatro nos Estados Unidos, duas na Europa e uma na Austrália. Então, diria que 2024, realmente, foi surpreendente nessas conexões todas”, celebra o músico, em entrevista ao Giro. “Foi um ano em que toquei em importantes festivais de jazz pelo mundo, e aqui no Brasil, toquei em grandes festivais como o Rock in Rio, Rock The Mountain e o Coquetel Molotov, na minha terra”, completa.
Amaro Freitas conta que nestes doze meses, viu o público se aproximar mais de sua música: “Eu senti o lançamento do Y’Y de uma forma muito potente. Foi muito incrível essa conexão com o público! Ver mais pessoas ocupando os espaços de teatro e vindo ouvir a minha música foi muito gratificante, tanto dentro quanto fora do Brasil”.
Com um disco que agradou tanto o público quanto a mídia nacional e internacional – com direito a críticas publicadas em veículos como The Guardian e The New York Times –, Amaro também celebrou a parceria que fez este ano com a cantora Liniker, no aclamado álbum Caju (Independente, 2024): o recifense participou da faixa Ao Teu Lado, junto com o duo Anavitória. E ainda, em setembro, o músico foi indicado ao Grammy Latino pela música Esperança, lançado em parceria com Criolo e Dino D’Santiago. E ainda, conquistou o troféu de Instrumentista do Ano no Prêmio Multishow 2024.
E para fechar o ano no Recife, Amaro Freitas relembrou com carinho sua apresentação no Coquetel Molotov, no início de dezembro. “Para mim foi muito simbólico porque toquei no Festival às 21h20 da noite. Isso não é um horário tão comum para música instrumental, e foi bem legal ver que todo mundo chegou para assistir o show. Toquei para cerca de 5 mil pessoas e foi fantástico viver isso! Fiquei feliz em saber que existe uma audiência grande consumindo minha música na minha cidade”, declarou.
Animado para 2025, Amaro Freitas já tem alguns planos traçados para o ano que se aproxima: “Vou continuar fazendo a turnê do Y’Y. Já divulgamos os 20 primeiros concertos do ano que vem. Minha ideia é seguir me apresentando solo, como venho fazendo; em trio, que já é uma formação mais antiga, mas que agora toca as músicas do Y’Y também; e pela primeira vez, vou montar um septeto com músicos de Pernambuco e músicos de São Paulo. A gente já tem um primeiro show em janeiro no Winter Jazz Fest, em Nova York, e uma turnê na Europa. Em fevereiro, vou me apresentar com várias orquestras pelo Brasil e pelo mundo. E tem muito mais coisas para acontecer!”.