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‘Som Brasil’ homenageia Djavan na TV Globo

Ligado aos elementos naturais, e influenciado diretamente por eles – não à toa, atribuiu-lhes títulos de alguns sucessos, como Oceano, Ventos do Norte, Flor de Lis –, Djavan completou, em 2024, 75 anos de idade e mais de 45 de carreira, sendo um dos nomes mais prestigiados da música brasileira. Para celebrar sua trajetória, o artista será homenageado no próximo Som Brasil, da TV Globo, nesta quarta-feira (13), após Mania de Você.

>> Leia a coluna Giro desta segunda-feira, 11/11/2024

O programa acontece em cenários especialmente pensados de forma a materializar as inspirações do cantor. ”Na minha opinião, Djavan é uma força da natureza. E para exaltar essa força, queria falar sobre a ausência dela. Para os musicais com banda, criamos um grande espaço vazio tomado por cinzas vulcânicas e arvores secas. O cenário branco, colorido por luzes artificias, remete as várias tonalidades que a música de Djavan tem. Em um outro cenário, vemos uma sala vazia tomada por areias de um deserto. Sozinho ao violão, o músico arrancou lágrimas da plateia. Para a entrevista com o Pedro Bial, pintamos um grande painel com elementos florestais. É quando a natureza vira memória, na tela de um museu”,  explica Gian Carlo Belotti, diretor.

O especial traz entrevista exclusiva, conduzida por Pedro Bial, e apresentações musicais de alguns dos grandes hits de Djavan. A conversa com o apresentador proporciona aos telespectadores e fãs conhecerem, de forma profunda e bastante íntima, a história de vida do cantor: a conexão com a música desde a infância, vinda, principalmente, por meio de sua mãe; a ausência de relação com o pai; a aposta de que ele se tornaria um grande jogador de futebol; como e quando iniciou na composição; e outras passagens e depoimentos inéditos, carregados de sentimentos.

Para além de suas experiências pessoais, a temática musical, claro, não poderia faltar. Numa busca por tentar nomear suas criações tão singulares, Djavan admite: “Minha música é focada, desde o início, na diversificação […]. Aos 13 anos de idade eu tive a sorte de ser apresentado a uma discoteca […], e ali descobri a música francesa, o flamenco, e isso para mim foi uma benção. Minha música, até hoje, obedece a esse foco, à diversidade”. E, explora ainda, a construção de suas referências, que passa pela música internacional, e como The Beatles o capturou em meio ao contexto da Bossa Nova.

Pedro Bial também direciona a entrevista para a intersecção de Djavan com outros movimentos musicais, em especial com o tropicalismo, e o cantor revela como surgiram algumas de suas amizades, como com Caetano e Gal Costa. “A música Azul fiz para Gal, fiz muita coisa para Gal. Açaí eu gravei só um tempo depois. Fiz uma música para ela que não gravei, e que preciso gravar, que é O Vento”, conta. Nos musicais do programa, estão confirmadas canções como Se, Oceano, Te Devoro, Azul, Samurai, Pétala e outros.

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