A cantora pernambucana Ylana lança, na próxima sexta-feira (12), o seu terceiro álbum: Janga. O título do novo trabalho, além de ser uma homenagem ao bairro que serviu de inspiração para a obra, carrega um significado profundo: “pequena embarcação”. Para Ylana, esta “pequena embarcação” representa o corpo humano, uma entidade única e fundamental para iniciar qualquer jornada no mundo físico.
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O álbum Janga nasceu em um momento delicado que o mundo vivia, durante a pandemia da COVID-19, quando o isolamento social convidou as pessoas a olharem para dentro de si e a “recalcular a rota”. Ylana encontrou inspiração no caos, explorando o desafio global de encontrar significado em meio à incerteza.
“Diante de toda a crise que estávamos atravessando, senti que eu precisava me conectar com a minha essência mais profunda para me reconectar com a sensação de esperança e liberdade, através da potência curativa da arte. A minha criança reativou o meu poder de criar e esperançar”, afirma Ylana. “Foi dessa emoção que surgiu a ideia de viabilizar um material musical que comunicasse a potência da influência do território sagrado que nutriu minha infância e me inspira a ser a artista que eu sou hoje”, completa.
Em Janga, o público pode aguardar uma experiência musical cativante, uma viagem leve e prazerosa para um lugar seguro e instigante. O álbum é formado por 10 faixas, incluindo Grão de Mundo Inteiro (colaboração com Manuca Bandini), Voinha, Onira Mãe Rainha, Germinar (parceria com Flaira Ferro que ultrapassou 1 milhão de players nas plataformas e ganhou novo arranjo no álbum), Somos Ondas (regravação de single lançado durante o lockdown) e De Baixo. Nelas, Ylana convida os ouvintes a explorar um espaço onde a musicalidade é a trilha sonora de uma jornada íntima e envolvente.
Janga não é apenas um álbum, mas uma narrativa musical que reflete diversos sentimentos e momentos da vida de Ylana. Em um mundo onde o futuro parecia escorregar por entre os dedos, o álbum é uma declaração de coragem, uma celebração da vida, em busca pela conexão com a verdadeira essência da felicidade.
Ylana cresceu no bairro do Janga, no Litoral Norte Pernambucano, absorveu a riqueza cultural e a coletividade de sua comunidade desde a infância. O Janga é o berço da ciranda, com Dona Duda, a “Mãe da Ciranda”, cujo legado mantém viva essa manifestação cultural. A praia, onde a ciranda nasceu, era palco de diversas expressões populares. O bairro, cercado por natureza diversificada, foi o cenário inspirador para a artista.