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Vivência no Recife Antigo resgata legado de Naná Vasconcelos

Neste sábado (12), às 14h, o Recife Antigo será palco do início o projeto ‘Vivências Naná’, iniciativa com base na obra e no pensamento do percussionista Naná Vasconcelos — artista consagrado mundialmente e vencedor de oito prêmios Grammy.

O primeiro encontro acontece no Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (Muafro) e marca o começo de um ciclo formativo que pretende fortalecer a preservação dos acervos culturais dos grupos tradicionais de maracatu. A atividade reunirá até 25 representantes de diferentes nações e abordará temas como educação patrimonial, conservação e cuidados com instrumentos e vestimentas, além de noções de higienização e organização de acervos culturais. 

Mais do que uma oficina, o ‘Vivências Naná’ inaugura um novo capítulo no esforço de valorização e salvaguarda das expressões culturais do estado, partindo da obra de um dos seus maiores mestres, que dedicou grande parte de sua trajetória à valorização dos maracatus, tanto em sua música quanto em sua atuação política e social.

Com curadoria e supervisão de Patrícia Vasconcelos, viúva do artista, e concepção e produção cultural de Amaro Filho, o projeto integra o trabalho de conservação do acervo pessoal de Naná, atualmente em processo de restauro e catalogação no próprio Muafro, sob responsabilidade da equipe da Arte Sobre Arte Conservação e Restauro, liderada por Débora Assis Mendes.

Além da formação voltada aos maracatus-nação — articulada com o apoio da Amanpe (Associação das Nações de Maracatus de Pernambuco) — o projeto prevê mais dois encontros: o segundo será dedicado a músicos, percussionistas e interessados na preservação do patrimônio imaterial; o terceiro, voltado a pesquisadores, estudantes e profissionais ligados à cátedra de Naná Vasconcelos na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). As datas e os locais dessas atividades serão anunciados em breve.

“A proposta do ‘Vivências Naná’ é ampliar o alcance do legado de Naná Vasconcelos, promovendo formações que não apenas preservem sua memória, mas também fortaleçam os saberes e fazeres da cultura popular pernambucana. Queremos que os grupos se sintam protagonistas desse processo e tenham as ferramentas para cuidar da sua própria história”, afirma o produtor cultural Amaro Filho.

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