Search
Close this search box.

.

Retrospectiva 2024: um ano de encontro com as despedidas

ROBSON GOMES
[email protected]

No apagar das luzes de 2024, o ano que se vai deixa também um gosto amargo de saudade. Em todas as esferas da sociedade e da cultura, perdas repentinas ou irreparáveis abriram lacunas que nunca mais serão preenchidas, pois levaram pessoas que deixaram um legado e marcaram seus nomes na história, tanto de Pernambuco, como do Brasil inteiro. É o caso, por exemplo, do impacto que a morte do apresentador Silvio Santos foi sentida em todo o país. A televisão brasileira, definitivamente, perdeu um pouco de sua cor e alegria com o fim da vida do comunicador, aos 93 anos, no mês de agosto.

>> Leia a coluna Giro desta segunda-feira, 23/12/2024

Ainda no universo televisivo, em junho, o Brasil se despediu da atriz pernambucana Ilva Niño, aos 90 anos. Conhecida em todo o país como a eterna Mina da novela Roque Santeiro (1985), a artista esteve meses antes em seu estado natal acompanhando o espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, mas faleceu no Rio de Janeiro, onde viveu boa parte de sua vida. Outras atrizes também nos deixaram este ano como Jandira Martini, Tetê Medina, Jacqueline Laurence, Regina Vianna, Anja Bittencourt e Lilian Fernandes. Entre os homens que tinham a atuação como ofício e também nos deixaram saudosos, estão Paulo César Pereio, Emiliano Queiroz, José Santa Cruz, Iran Lima, Thommy Schiavo, João Rebello, Roberto Frota e Rubens de Araújo.

No campo da música, a morte repentina do cantor Elloco, dupla de Shevchenko, aos 34 anos, abalou a cena do bregafunk pernambucano no mês de março. Outras vozes marcantes que se calaram este ano foram as de Chrystian, Nahim, João Carreiro, Anderson Molejo, Agnaldo Rayol, além das cantoras Diana e Denise Assunção. Também nos despedimos do pianista Arthur Moreira Lima, do compositor Antonio Cícero, dos músicos Caçulinha, Sergio Mendes, Skowa e Luiz Chagas, além dos conterrâneos Ciano Alves (Quinteto Violado), Geraldo Silva (Trepidant’s), e o violoncelista Antonio Meneses.

Nomes importantes do jornalismo local e nacional tiveram suas vidas abreviadas em 2024 como Cid Moreira, que nos deixou em outubro, assim como os profissionais José Nello Marques, Sérgio Cabral, Cacá Teixeira e Cléo Nicéas. Completam essa lista o fotojornalista Evandro Teixeira e os narradores Silvio Luiz e o pernambucano Luiz Muniz, o Mala. 

Em julho, a perda do xilogravurista pernambucano J. Borges, aos 88 anos, eternizou um dos principais artistas plásticos do país. E muitas outras personalidades, das mais diversas áreas, encerraram suas trajetórias em 2024, como o humorista Ary Toledo, a carnavalesca Rosa Magalhães, o consultor de etiqueta e ex-A Fazenda Fabio Arruda, Wandeko Pipoca – o primeiro intérprete do palhaço Bozo –, as coreógrafas Angel Vianna e Carlota Portela, a miss Andreia Fetter, a transformista Camille K, o autor Márcio de Souza, o pugilista Maguila, o publicitário Washington Olivetto e o cartunista Ziraldo, eterno criador do Menino Maluquinho.

Pernambuco também se despediu de várias personalidades locais como o cirurgião da UPE Mário Gesteira Costa, o superintendente do Iphan Gilberto Sobral, os ícones culturais do estado Mestre Santino Cirandeiro e Dona Glorinha, mestra do coco de roda. E no Recife, a comunidade LGBTQIA+ perdeu um pouco de seu brilho com a partida da transformista Elza Show, uma artista preta e periférica que ganhou a vida nos bares do Recife interpretando suas musas inspiradoras como Elza Soares, Dalva de Oliveira e Ângela Maria.

Compartilhe :
Twitter
LinkedIn
Facebook
WhatsApp
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

PUBLICIDADE