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Mônica Martelli no Recife: um papo sobre Marte e o fim do amor

ROBSON GOMES
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“Eu descobri que posso ser feliz sozinha”. Esta é a frase que encerra o espetáculo Minha Vida em Marte, que a atriz Mônica Martelli apresenta neste sábado (26) no palco do Teatro Guararapes, em Olinda. Mas até que a personagem Fernanda chegue a esta conclusão antes das cortinas se fecharem, ela convida homens e mulheres na plateia para uma jornada de reflexão sobre a vida a dois, e principalmente, sobre o fim de um casamento.

>> Leia a coluna Giro desta quarta-feira, 23/10/2024

Esta sequência do espetáculo Os Homens São de Marte… E é Pra Lá Que Eu Vou, que estreou em 2017, e volta ao Recife depois de cinco anos, originou o filme homônimo estrelado por Martelli e Paulo Gustavo em 2018, e arrastou mais de 5 milhões de pessoas aos cinemas, sendo uma das maiores bilheterias do Brasil dos últimos anos. Em conversa exclusiva com o Diario, a atriz carioca relembra o sucesso do longa, que se tornou uma ode à amizade entre ela e o saudoso ator, falecido em 2021: “Foi maravilhoso ter aquele gênio ao meu lado no filme. E Minha Vida em Marte virou, na verdade, uma homenagem à amizade, com o pano de fundo da crise do casamento da Fernanda”.

Já no palco, vemos Fernanda casada há oito anos e em crise conjugal. Com isso, a protagonista tenta encontrar saídas para as intolerâncias diárias que a rotina traz, a falta de libido, o acúmulo de mágoas e as expectativas frustradas. E o monólogo se transforma numa grande terapia de grupo com a plateia.

Mônica Martelli é Fernanda no espetáculo – Foto: Camila Cara/Divulgação

“Vivemos numa cultura que nos vendeu a ideia de um amor romântico, em que esperamos muito das relações amorosas, principalmente as mulheres. Quando elas encontram um par, há uma errada sensação de que a vida já está resolvida. Você se casa, cheia de expectativas, e tem a ilusão de que a outra pessoa vai lhe completar em tudo que você precisa. E isso não é verdade, isso não acontece. É uma mentira que o amor romântico vende para a gente”, detalha Martelli, que assina o texto do espetáculo de 70 minutos, dirigido por sua irmã, Susana Garcia.

Para a atriz, Minha Vida em Marte gera muita identificação do público porque a montagem se torna um convite para se libertar de relações infelizes. “No início da peça, Fernanda tenta refazer acordos, reiniciar a vida com aquela mesma pessoa, procura fazer aquele casamento dar certo, porque ela tem um desejo de ser família. Mas lá na frente, ela entende que aquilo ali acabou, que não existe mais amor. Porque quando você está vivendo mais de uma crise, é que a relação chegou ao final”, relata a artista, que completa: “Temos que ter coragem para romper casamentos e relações que não nos fazem bem, nem despertam o nosso melhor. E nós, mulheres, estamos fazendo isso aos poucos”.

Com ingressos esgotados para o próximo sábado, Mônica Martelli contou da felicidade de vir a Pernambuco com seu espetáculo. “Eu amo Recife porque esse público é muito caloroso! É um público que aprecia a arte, o teatro, e a cidade é um grande polo cultural. Muita coisa acontece por aí. Sempre chego sedenta para saber o que está rolando… Se pudesse, ficava mais tempo, mas tenho uma vida corrida, para variar”, lamenta a estrela, que já prepara a terceira peça desta sequência para fechar a “trilogia de Marte”.

E quando as cortinas se abrirem no próximo sábado, é bom estar atento ao que Mônica Martelli diz na pele de Fernanda, pois há muito da vivência dela nas falas da icônica personagem. “São várias relações que eu vivi. E tudo isso eu coloco no espetáculo. A mensagem que quero deixar com esta peça é que relacionamento é o melhor lugar para nos conhecermos e evoluirmos. E embora seja possível ser feliz sozinha, eu continuo acreditando no amor, sempre!”. Total, Mônica. Total.

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