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Martins e Josyara entrelaçam vozes no show ‘Deu Match’

Como as águas do Rio São Francisco que unem Pernambuco e Bahia, o show Deu Match é o ponto de encontro das vozes e dos corações de Martins e Josyara. A admiração mútua entre o recifense e a juazeirense evoluiu para uma amizade genuína, que agora se manifesta de forma ainda mais intensa no espetáculo inédito. A estreia nacional ocorre hoje, na Caixa Cultural Rio de Janeiro, onde fica em cartaz até domingo. Depois do Rio, passará por Brasília, Fortaleza, São Paulo e Curitiba.

Deu Match mistura canções do repertório de ambos os artistas, trazendo também músicas inéditas e releituras de grandes nomes da música brasileira, como Tambor, de Chico César. O Viver esteve presente em um dos ensaios e conversou com o diretor artístico André Brasileiro sobre o novo projeto. “Martins e Josyara são cantores e compositores que trazem a renovação da cena do Nordeste e do Brasil. Além disso, proporcionar encontros Bahia-Pernambuco é algo que considero muito importante”, observa.

A dupla se conheceu pela primeira vez no Festival Rec-Beat 2020, onde dividiram o lineup, e o match musical foi imediato. “Eu lembro de ter assistido ao show dela e fiquei emocionado. A voz, a presença de palco, tudo me tocou profundamente. Fiquei acompanhando ela de longe, mas sempre com aquela admiração”, relembra Martins. Como se o destino conspirasse, um convite para o Rec-Beat de Salvador, em 2023, os colocou juntos no mesmo palco.

Os diálogos tímidos do início logo deram lugar a um entrosamento que, em poucos dias, abraçou as raízes, tradições e a contemporaneidade que ambos compartilham. Josyara adianta que o público terá uma imersão no universo de cada artista durante 1h30 de apresentação. “O show celebra nosso encontro e esse lugar de travessia, marcado pelo rio que liga Bahia e Pernambuco. É uma homenagem às nossas referências, ao nosso jeito de ser, de olhar, de gesticular e de nos apresentar”, afirma a cantora.

André Brasileiro reforça a proposta de um encontro autêntico entre talentos nordestinos, sem banda de apoio, como se estivessem na intimidade de casa, onde cantam suas verdades mais profundas. “Ambos são moldados por uma infinidade de influências, como o Vale do Pajéu, o Rio São Francisco, o Capibaribe, e todos esses compositores que os precederam. Mas, acima de tudo, eles estão construindo a própria identidade, com suas referências e com a poesia do presente. Este show fala do hoje, da sua música, do seu momento”, expressa.

Martins promove o repertório do segundo álbum solo, Interessante e obsceno (2023), apresentado há dois anos. O cantor celebra a oportunidade de “dar match” no palco com a amiga, unindo seus universos de forma intimista. “Quando estou perto de uma mulher tão forte, me sinto fortalecido também”, exalta. Já Josyara faz um esquenta para o seu quarto álbum, Avia, em que regrava divas inspiradoras como Anelis Assumpção e Cátia de França, além de trazer inéditas. “O disco mostra esse lugar onde eu desejo estar, um espaço de troca com as pessoas que admiro e com quem compartilho minha arte”, destaca. 

Na visão de André Brasileiro, fazer um registro ao vivo do espetáculo é indispensável para preservar a memória. “Acredito que o show precisa ser registrado fonograficamente, pois ele representa a história deles e da música brasileira, que está sendo construída todos os dias. A música nordestina, que tem uma presença marcante no show, é feita por compositores nordestinos cantando outros compositores e compositoras da região. Isso é extremamente significativo e uma celebração do seu lugar, da sua identidade”. 

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