ROBSON GOMES
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Sob muita expectativa, termina hoje uma campeã de audiência estrelada por Camila Pitanga, Camila Queiroz e Giovanna Antonelli. Quem acha que estamos falando de uma trama da TV Globo, engana-se redonda e duplamente. O hit chamado Beleza Fatal é um folhetim lançado na plataforma de streaming Max no final de janeiro e que, há duas semanas, chegou à TV aberta através da Band/Tribuna. Mas hoje, os fãs desta obra criada e escrita por Raphael Montes se despedem com a transmissão ao vivo do 40° e último capítulo no site da plataforma, a partir das 20h.
>> Leia a coluna Giro desta sexta-feira, 21/03/2025
A novela que teve o mundo da estética como pano de fundo para contar a história de vingança da mocinha Sofia (Queiroz) contra a sua tia Lola (Pitanga) arrebatou o público nas redes sociais, principalmente por causa da antagonista, que emplacou bordões e cativou os espectadores pelo seu jeito expansivo. Ou seja, o tipo de vilã que o povo “ama odiar”.
Em conversa exclusiva com o Giro, o autor Raphael Montes – já famoso do público literário através de suas obras de terror e suspense, além da série Bom Dia, Verônica (Netflix) – lembra do que queria fazer quando iniciou a escrita desta novela, com inspirações no livro O Conde de Monte Cristo, na série Revenge e na clássica Avenida Brasil. “Desde sempre eu queria que uma vingança realmente acontecesse. Pois em muitas novelas a mocinha fica falando ‘vou me vingar’, mas ela não se suja, justamente por ser a mocinha”, explica. “E também queria uma história em que a mocinha se transformasse. Ou seja, ao pôr em prática o plano de se vingar, ela ia descobrindo um lado obscuro de si mesmo”, conta Raphael.
E assim, com capítulos ágeis, cheios de reviravoltas, dramaticidade carregada, além de cenas ousadas e explícitas, Beleza Fatal ganhou o apelido que muitas tramas que estão no ar querem ter: o de um bom “novelão”. E parte desse sucesso se deve à ambiciosa Lola Argento, que ascendeu socialmente ao abrir uma clínica de estética, mas que nunca pensou duas vezes em atropelar quem atrapalhasse seus planos. A atuação de Camila Pitanga também foi providencial para conquistar a empatia dos telespectadores, mesmo sendo ela a maior vilã da história.
“A Lola é livremente inspirada na minha própria mãe. Não porque ela é vilã de novela e comete crimes, mas o jeito da Lola é o da minha mãe”, entrega Raphael, que também emprestou seus bordões pessoais para compor a malvada favorita, como o marcante “my love”. “A Lola foi pensada para ser uma grande vilã de novela, porque, de algum modo, ela fala alguns absurdos que todos nós queremos dizer, mas que não temos coragem”, acrescenta o autor, que não esconde o orgulho da personagem que criou: “Sou o Lolover original”.
A popularidade da novela da Max é tanta que várias festas pelo Brasil estão sendo programadas para o capítulo final, que promete surpreender até o último minuto. No Recife, por exemplo, os “Lolovers” têm encontro marcado no Pajubar, na Boa Vista, a partir das 18h.
Sem maiores spoilers, Montes entrega o que vem por aí. “Adoro o final de Beleza Fatal, é o que pensei desde o início dessa história, e é o único desfecho possível. Acho que vai gerar bastante polêmica e, talvez, opiniões contrárias. Mas é isso que gosto: provocar o meu público e levantar debates”, garante o autor, sem deixar brechas para uma segunda temporada. E quando a saudade de Lola apertar, corra para a Band/Tribuna que a vilã estará lá, sempre às 20h30, à sua espera.
Uma resposta
Detestei o final. A Sofia não merecia ficar sozinha,sem família e o fraco do namorado. Uma decepção só
Porcaria