Carpina, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, será a capital do cinema latino-americano e caribenho de 1º a 4 de novembro de 2024. A cidade receberá a segunda edição do Festival de Cinema OLAR 2 (Observatório Latino-americano de Realizadoras), com exibições gratuitas em escolas e ao ar livre na praça.
>> Leia a coluna Giro desta quarta-feira, 30/10/2024
No centro da cidade, a Praça José Otávio se transforma em um cinema a céu aberto, com pipoca garantida. Na sexta-feira (1º/11), o festival abre com duas sessões especiais de curtas brasileiros e latinos, incluindo o filme de abertura, Carpina, 11 de setembro, da carpinense Mery Lemos. No sábado (2/11), mais duas sessões, com destaque para a sessão de suspense Noche de los Muertos: ¡Vivas!.
O OLAR é uma plataforma de reflexão, premiação e valorização de produções cinematográficas, com direção artística de Cíntia Lima e Lílian de Alcântara, da produtora carpinense Olar Filmes e incentivo do Funcultura Audiovisual. O Festival OLAR 2 programa 28 filmes, de oito países, ao longo das exibições online e presenciais, incluindo filmes consolidados em festivais internacionais, mas inéditos em Pernambuco, como Alien0089, do Chile e Metele Candela, do México, que faz sua estreia internacional no OLAR 2.
“Nesta edição, nós buscamos ao máximo integrar Pernambuco e América Latina através de todas áreas do festival, desde a montagem da equipe, a escolha de filmes, até a seleção de alunos e alunas para as oficinas. A curadoria alinha excelência técnica e estética com a diversidade de raça, gênero, etnia e região de origem dos filmes”, comenta a carpinense Cíntia Lima, diretora do festival.
A programação online, disponível no site realizadoraslatinas.com, inclui a Mostra Competitiva, da qual um filme será premiado com o Troféu Sara Gómez, a sessão Referência OLAR, que homenageia as montadoras de cinema, através das obras de Virginia Flores e da pernambucana Natara Ney, além da Sessão Marta Rodríguez dedicada a filmes artístico e politicamente potentes.
“Ao dedicar esta edição às montadoras do nosso cinema, escolhemos o tema do ano ‘Cortes para Abya Yala’, referindo-nos tanto ao processo de edição, quando à busca por outras perspectivas para nosso continente, através do uso do termo “Abya Yala”, da língua indígena kuna (Panamá e Colômbia), que designa o continente americano. Nossa meta é abrir novas trilhas para nos conectarmos”, afirma Lílian de Alcântara, também diretora do festival.
SAIBA COMO ASSISTIR
Dia 1 e 2 de novembro, parte da programação do OLAR será exibida na praça Praça José Otávio, em Carpina, seguida de debates, mas também é possível acompanhar a programação online de 1 a 4 de novembro em nosso site. O Festival terá diversas ações pela Zona da Mata Norte, como oficinas, masterclass e exibições em escolas.