A 15ª edição do Festival Janela Internacional de Cinema do Recife divulgou detalhes da programação do evento, que acontecerá de 1 a 8 de Novembro nos cinemas São Luiz e Fundação – Sala Museu. O festival também marca a reabertura do Cinema São Luiz, depois de dois anos fechado.
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O longa-metragem Manas, de Marianna Brennand, foi o escolhido para a sessão de abertura no São Luiz, às 20h, com a presença da diretora e parte do elenco. Manas apresenta a história de Marcielle, vivida pela paraense Jamilli Correa, jovem atriz de 13 anos, vencedora do Prêmio Especial do júri no Festival do Rio, em sua trajetória de tomada de consciência da violência e da falta de direitos onde está inserida, junto com a família. O longa também foi exibido no Festival de Veneza, com premiação de melhor direção para Marianna, e na Mostra São Paulo.
Durante os oito dias serão mais de 100 filmes, entre longas e curtas-metragens, distribuídos em cerca de 55 sessões distribuídas em Clássicos do Janela, Lançamentos Nacionais e Internacionais, Competição de Curtas Nacionais, que está de volta com 22 filmes, Homenagem à cineasta pernambucana Kátia Mesel, com mostra de filmes e masterclasses sobre sua filmografia e uma Mostra de Curtas Estrangeiros exibidos este ano no Festival de Cannes, uma parceria institucional com a Quinzena dos Cineastas. E na sessão especial de encerramento do Festival, também no São Luiz, no dia 8, às 22h, teremos os quase centenários Revezes (1927), de Chagas Ribeiro, e Retribuição (1925), de Gentil Roiz, com acompanhamento musical da banda Ave Sangria.
Além de Manas, outros longas nacionais de destaque no circuito de festivais em 2024 também contarão com a presença de seus realizadores nas sessões. Filmes como Ainda Estou Aqui (de Walter Salles), Apocalipse nos Trópicos (de Petra Costa), Centro Ilusão (de Pedro Diógenes), Baby (de Marcelo Caetano) e Kasa Branca (de Luciano Vidigal) serão seguidos de debates com o público.
A mesma dinâmica se estenderá aos títulos pernambucanos, que ocupam um espaço central na programação e celebram, em grande estilo, a reabertura do Cinema São Luiz: Tijolo por Tijolo (de Quentin Delaroche e Victoria Álvares), Seu Cavalcanti (de Leo Lacca), A Transformação de Canuto (de Ernesto de Carvalho e Ariel Kuaray Ortega), Ainda Não é Amanhã (de Milena Times) e Dormir de Olhos Abertos, longa vencedor do prêmio da crítica internacional (Fipresci) em Berlim, filmado no Recife com direção da cineasta alemã Nele Wohlatz, que estará presente na ocasião.
A seleção de longas-metragens internacionais reflete o desejo de apresentar um recorte de títulos fortes, capazes de estabelecer uma conexão direta com o público local e, ao mesmo tempo, manter um diálogo com as produções brasileiras. Na programação, destacam-se desde filmes de realizadores consagrados e já conhecidos no Janela, como Jia Zhangke (Caught by the Tides), Miguel Gomes (Grand Tour), Mati Diop (Dahomey) e Leos Carax (C’est Pas Moi), até apostas em nomes como Hala Elkoussy (East of Noon), Ramon Zürcher (O Pardal na Chaminé), Payal Kapadia (Tudo o que Imaginamos como Luz), Joaquin Cociña e Cristóbal León (Os Hiperbóreos), Nelson Makengo (Rising Up at Night), Apolline Traoré (Sira) e Kamal Aljafari (A Fidai Film).
Esses filmes se destacaram no circuito internacional, com honrarias como Dahomey, que recebeu o Urso de Ouro em Berlim, Grand Tour, premiado com Melhor Direção em Cannes, e Tudo o que Imaginamos como Luz, vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes. Além disso, Ainda Estou Aqui ganhou na categoria de melhor roteiro em Veneza com o trabalho da dupla Murilo Hauser e Heitor Lorega.
SERVIÇO
XV Festival Janela Internacional de Cinema do Recife
Locais: Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175, Boa Vista) e Cinema da Fundação – Sala Museu (Avenida 17 de Agosto, 2187, Casa Forte)
Ingressos: R$ 5 (para o Cinema São Luiz, venda exclusiva pelo Sympla. No Cinema do Museu, só na bilheteria, que abre para venda uma hora antes da sessão). Sessões de curtas tem entrada gratuita.
Informações: Instagram @janeladecinema