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Ex-presidente da ANS, Paulo Rebello defende integração da rede privada com o SUS

Allan Lopes

Pressionado pelo envelhecimento da população e pela elevação dos custos, o mercado de saúde suplementar busca alternativas para garantir qualidade e sustentabilidade no atendimento a mais de 86 milhões de beneficiários em assistência médica. Com vasta experiência na área, o empresário pernambucano Paulo Rebello, ex-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, tem se dedicado a traçar caminhos e abrir novas possibilidades para o setor.

Mesmo representando cerca de 5,7% do PIB nacional em gastos privados, o acesso aos planos de saúde ainda atinge apenas 25% da população brasileira. Diante desse cenário desafiador, mas também repleto de oportunidades, Rebello expôs suas ideias na 7ª edição do Simpósio de Saúde Suplementar – Unimeds dos Estados da Bahia e Pernambuco, realizado no Recife Expo Center. “Ampliar esse debate para além do eixo Rio-São Paulo, trazendo representantes de todo o país, é fundamental”, afirma ele, em entrevista ao Diario.

Entre os pontos defendidos por Rebello está a necessidade de maior integração entre os diversos elos da cadeia da saúde. Para ele, uma das estratégias possíveis seria o fortalecimento da cooperação entre o sistema privado e o público.  “A rede hospitalar particular deveria ser mais utilizada em parceria com o SUS, como já está sendo feito em algumas frentes do Ministério da Saúde”, destaca. 

Outro alerta feito pelo empresário diz respeito ao avanço de formatos alternativos de contratação de serviços médicos, como os chamados planos populares ou cartões de desconto. “Muitos brasileiros, dos 75% que dependem do SUS, já estão utilizando esses serviços paralelos, que não são regulados nem comunicados ao Ministério da Saúde”, observa.

A partir disso, surgiu o Instituto de Qualificação na Contratação da Saúde Suplementar (IQCS), iniciativa encabeçada por rLeandro Fonseca . O foco está na averiguação e qualificação dos profissionais que atuam na intermediação entre operadoras e consumidores, cujo papel muitas vezes é exercido de forma inadequada. “O problema é que esses corretores não são regulados diretamente pela ANS, nem pela Susep. Ou seja, existe um vácuo regulatório. Foi aí que identificamos a oportunidade de atuar por meio da qualificação: criar um selo de certificação que seja um diferencial competitivo no mercado”, explica.

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