O grupo Coco de Fulô lança, no dia 30 de novembro, em todas as plataformas digitais, o seu primeiro EP, intitulado Coco de Fulô: O Coco Rural, com cinco faixas e seu primeiro videoclipe. As músicas Cana de Santa Fé, O Trem, Canoeiro, Cadê Mariquinha? e Cana Adubada formam a essência do projeto, que celebra a alegria do coco rural com uma sonoridade única e inovadora, misturando raízes tradicionais com uma estética distorcida.
>> Leia a coluna Giro desta segunda-feira, 18/11/2024
Coco de Fulô mantém viva a tradição da Mata Norte de Pernambuco, expressando a cultura do trabalhador do campo e dos canaviais da região inspirado no cenário rural. O grupo traz a musicalidade dos terreiros e engenhos de cana-de-açúcar, onde a ancestralidade se revela nos ritmos e poesias da cultura canavieira.
O EP é encabeçado por Ricco Serafim, mestre brincante, músico e pesquisador com mais de 20 anos de atuação nas manifestações culturais da Mata Norte pernambucana. O videoclipe, Cana de Santa Fé, foi gravado no Engenho Santa Fé e valoriza a tradição do coco rural da Zona da Mata Norte de Pernambuco, com versos, rimas e um visual vibrante que traduz a riqueza da região, além da utilização de instrumentos típicos do coco de roda.
Neste trabalho, o público é convidado a ouvir a fusão do coco rural com uma sonoridade distorcida, criando uma identidade musical inédita. Trombone, trompete e saxofone dialogam com o bombinho, caixa e mineiro, misturando-se às cores e à alegria do coco rural.
A quinta faixa do EP, Cana Adubada, conta com a participação especial de Buguinha Dub, um dos principais produtores da música independente no Brasil, conhecido pela arte do dub. Com arranjos que destacam a oralidade e poesia, essa faixa expressa a essência do Coco de Fulô.
Produzido com o apoio da Lei Paulo Gustavo, o EP busca eternizar não só a imagem, mas também a história e as tradições do coco rural. Coco de Fulô transcende as fronteiras da Mata Norte e mostra ao Brasil e ao mundo uma expressão sincera da região, que é berço de grandes cantadores e poesia, indo além do maracatu e da ciranda.
O lançamento, marcado para o mês da Consciência Negra, ressoa com o propósito do grupo. O coco, expressão musical nascida nas senzalas pernambucanas, conecta passado e presente em um som que é, ao mesmo tempo, raiz e renovação.