O Cineclube Audiovisão chega à sua terceira edição neste sábado (2), às 18h, na Casa Lontra, no Centro do Recife. Com entrada gratuita, o projeto une cinema experimental e música ao vivo, oferecendo uma experiência sensorial acessível ao público. A proposta é exibir filmes raros com trilhas sonoras improvisadas por músicos convidados, além de contar com tradução em Libras e sistema de som tátil para pessoas surdas.
Nesta sessão, o artista Alexandre María se junta a Aquiles Albino para criar a trilha ao vivo de dois filmes: Trem (1977-1982), de Carlos Cordeiro, filmado em Super 8, e o clássico soviético Encouraçado Potemkin (1925), de Serguei Eisenstein. A exibição marca o início da nova temporada do projeto, que terá seis sessões até janeiro de 2026, com apoio do Funcultura e da Lei Paulo Gustavo.
O cineclube é idealizado pela Casa Lontra e tem curadoria de Beatriz Arcoverde. A proposta parte do conceito de “audiovisão”, do pesquisador francês Michel Chion, e aposta na improvisação musical como forma de interação com as imagens. A trilha sonora é criada ao vivo, a partir de um processo colaborativo entre curadoria e músicos.

A sessão conta ainda com parceria do Institute of Incoherent Cinema (Suíça), que cede cópias restauradas de filmes mudos do início do século 20. Já os curtas pernambucanos foram escolhidos por sua linguagem visual sem diálogos, abrindo espaço para novas camadas sonoras. A Casa Lontra oferece ainda um ambiente acessível e confortável, reafirmando seu papel como espaço de experimentação artística no Recife.