Entre os dias 1º e 6 de junho, sempre às 18h, o Canal Brasil exibe longas e curtas-metragens que propõem a reflexão sobre a questão ambiental, em celebração ao Dia Internacional do Meio Ambiente (5/06). O documentário “Cinzas da Floresta”, de André D’Elia, estreia na programação especial no dia 3/06 e acompanha a ação de ativismo do grafiteiro paulista Mundano, que coleta cinzas de chamas pelo Brasil e as transforma em tinta usada em sua nova obra de arte.
A Mostra Meio Ambiente abre no dia 1º de junho com “Amazônia Sociedade Anônima”, dirigido pelo cineasta Estêvão Ciavatta. O filme faz um importante registro ao longo da BR 163 Cuiabá-Santarém, mostrando os indígenas Munduruku em sua luta para defender a terra e rios diante de máfias de grileiros de terras.
No dia 2, será exibido o longa-metragem “Retomada”, de Ricardo Martensen, que aborda a resistência das aldeias Castanhal dos Tupinambá e Açaizal dos Mundurukus, no Pará, e acompanha a trajetória do jovem comunicador Cristian Arapiun. No dia 3, “Cinzas da Floresta” reforça a importância da presença de brigadas voluntárias de combate a incêndios florestais no Brasil, em decorrência do aumento descontrolado de incêndios na Amazônia, e acompanha o grafiteiro Mundano em diversas regiões do país.
No dia 4, serão exibidos os curtas-metragens “Fôlego Vivo”, de Juma Jandaíra, que reflete sobre o controle de água na comunidade indígena do povo Kariri, na região do sertão nordestino. Na sequência, “Festa de Pajés”, de Iberê Périssé, documenta familiares das mais variadas gerações, aldeias e etnias do Povo Ye’epá Mahsã, que vive no alto do Rio Negro, próximo ao município de São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas, onde reúnem seus saberes e tradições e proporcionam uma verdadeira festa envolta às medicinas do alimento, do tabaco, da coca, do rapé e do kaapi, também conhecido como Ayahuasca. E “Naiá e a Lua”, de Leandro Tadashi, mostra o encantamento da jovem Naiá ao descobrir a história do surgimento das estrelas no céu.
No dia 5 de junho, “Seca”, de Maria Augusta Ramos, retrata o dia a dia de famílias de uma região do sertão pernambucano em meio à ausência de água.
A Mostra Meio Ambiente encerra no dia 6 com a exibição de “Raoni, Uma Amizade Improvável”, de Jean-Pierre Dutilleux. O documentário conta a história de amizade entre o cacique Kaiapó Raoni, do estado do Mato Grosso, e o cineasta belga Jean-Pierre Dutilleux ao longo de 50 anos. O filme é uma homenagem à vida e à luta pela preservação das terras indígenas do Cacique Raoni Metuktire, que reside na região norte do Mato Grosso.
Mostra Meio Ambiente
Horário: Domingo a sexta, 1º/06 a 6/06, às 18h
Amazônia Sociedade Anônima (2020) (72′)
Horário: Domingo, dia 1º/06, às 18h
Classificação: 10 anos
Direção: Estevão Ciavatta
Sinopse: Um documentário sobre o desmatamento da floresta amazônica e suas implicações não apenas para os direitos humanos dos povos indígenas e tradicionais que vivem lá, mas também para todo o ecossistema do planeta.
Retomada (2024) (72′)
Horário: Segunda, dia 2/06, às 18h
Classificação: Livre
Direção: Ricardo Martensen
Sinopse: A aldeia Castanhal, dos tupinambás, sob a liderança da cacique Estévina, luta para consolidar sua identidade e preservar a floresta ao seu redor. Já a aldeia Açaizal, dos Mundurukus, encontra-se cercada pelos campos de soja, que trouxeram veneno para suas plantações e secaram o igarapé. Cristian Arapiun, um jovem de 18 anos, mora na cidade de Santarém e trabalha na equipe de comunicação do Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns. Ele e seus amigos estão se preparando para cobrir o maior encontro indígena do mundo, que acontecerá em Brasília.
Cinzas da Floresta (2023) (77’) – Inédito
Horário: Terça, dia 3/06, às 18h
Classificação: 14 anos
Direção: André D’Elia
Sinopse: O “artivista” de rua Mundano viaja por um Brasil em chamas, coletando cinzas de incêndios florestais para criar a tinta utilizada em sua última obra de releitura, “Lavrador de café”, de Cândido Portinari. Ao mesmo tempo, o filme é uma exposição de arte e um veículo de apoio às brigadas voluntárias de combate a incêndios no Brasil.
Fôlego Vivo (2021) (25′)
Horário: Quarta, dia 4/06, às 18h
Classificação: Livre
Direção: Juma Jandaíra
Sinopse: Uma comunidade indígena do povo kariri, situada na Chapada do Araripe (zona rural do Crato/CE), reflete acerca da água: o mito indígena de recriação do mundo junto com as águas contra o mito desenvolvimentista capitalista de controle das águas e das corpas humanas e não-humanas que habitam o Rio São Francisco (Opará).
Festa de Pajés (2023) (20′)
Horário: Quarta, dia 4/06, às 18h25
Classificação: Livre
Direção: Iberê Périssé
Sinopse: No alto do Rio Negro, próximo ao município de São Gabriel da Cachoeira no estado do Amazonas, precisamente na Terra Indígena do Balaio, reuniram-se pajés do Povo Ye’epá Mahsã. Esse encontro não acontecia há mais de 100 anos, pois fora proibido por missionários salesianos. Com condução de Álvaro Tukano, familiares das mais variadas gerações, aldeias e etnias, reúnem seus saberes e tradições e proporcionam uma verdadeira festa envolta às medicinas.
Naiá e a Lua (2010) (13′)
Horário: Quarta, dia 4/06, às 18h45
Classificação: Livre
Direção: Leandro Tadashi
Sinopse: A jovem índia Naiá se apaixona pela lua ao ouvir da anciã de sua aldeia a história do surgimento das estrelas no céu.
Seca (2015) (84′)
Horário: Quinta, dia 5/06, às 18h
Classificação: Livre
Direção: Maria Augusta Ramos
Sinopse: Abordando um dos grandes assuntos da atualidade, a ausência de água, o documentário situa-se em uma específica região do Brasil onde os moradores locais convivem com o problema de forma peculiar.
Raoni, Uma Amizade Improvável (2025) (90′)
Horário: Sexta, dia 6/06, às 18h
Classificação: 10 anos
Direção: Jean-Pierre Dutilleux
Sinopse: O filme conta a longa e improvável história de amizade entre o cacique Kaiapó Raoni e o cineasta belga Jean-Pierre Dutilleux ao longo de 50 anos. Desde 1973, através de suas lentes, Dutilleux registra o cacique. Em 1978, seu documentário Raoni, narrado por Marlon Brando, foi indicado ao Oscar e apresentou Raoni ao mundo. Raoni – Uma Amizade Improvável é uma homenagem ao grande líder indígena, símbolo da luta pela demarcação dos territórios indígenas, de sua cultura e da Amazônia.