PEDRO FERRER
Foto: Marcus Steinmeyer
Ana Cañas permanece forte e brilhando na cena musical brasileira. Após o sucesso da turnê Ana Cañas Canta Belchior, premiada pela APCA como ‘Melhor Show do Ano’ e que passou por mais de 180 palcos do Brasil, a cantora e compositora retorna ao Recife com seu novo espetáculo, Vida Real. O show acontece no dia 5 de setembro de 2025, no Teatro do Parque, dentro do Projeto Seis e Meia.
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Baseado em seu mais recente álbum autoral, o espetáculo traz as canções inéditas de Vida Real ao lado de sucessos da carreira de Ana e versões de artistas como Belchior, Rita Lee, Tim Maia e Edith Piaf. “O público pode esperar muita emoção e minha entrega absoluta, sempre! Além das músicas do novo álbum, vamos ter um bloco do show dedicado ao Belchior para rememorarmos o tributo, músicas de Rita Lee, Nando Reis (‘Pra Você Guardei o Amor’) e outros clássicos da música brasileira que sei que todo mundo conhece e adora. Vai ser uma noite linda, um show repleto de canções para cantarmos juntos e nos emocionarmos!”, conta a artista com exclusividade para o Diario de Pernambuco.
Primeiro disco de inéditas de Ana desde a indicação ao Grammy Latino, em 2019, Vida Real tem produção de Dudu Marote e une a poesia trovadora da artista a uma sonoridade pop e acessível. O trabalho conta ainda com participações de Ney Matogrosso, Ivete Sangalo e Roberta Miranda. “Poder cantar olhando no olho das pessoas e ver a reação de cada uma delas é minha maior alegria na vida”, afirma Ana.
A relação da cantora com o público pernambucano é de longa data. “A troca com o público em Recife é sempre muito especial! Tenho profunda admiração pela cultura pernambucana (seja na música, na arquitetura e nas artes em geral) e sou sempre muito bem-recebida nessas terras. As pessoas têm um afeto vibrante que me emociona muito e isso acaba refletindo positivamente no show, é uma troca muito rica. Espero por vocês no Teatro do Parque para mais esse encontro. Todo amor, sempre!”, destaca.
A noite terá início com a apresentação de RoB Love, cantora e compositora pernambucana conhecida por sua voz marcante e sonoridade singular. Inspirada por nomes como Bob Marley e Tim Maia, RoB mistura composições autorais com versões cheias de personalidade. No Seis e Meia, ela sobe ao palco com banda completa e promete aquecer o público com sua energia e mensagens sobre amor, união e liberdade. Para a artista, o reggae que apresenta hoje carrega tanto a tradição quanto sua identidade contemporânea: “Reggae é reggae. Dizer que ele é contemporâneo é porque está sendo criado agora, com as referências que eu somei ao longo da vida, com os pensamentos que tenho hoje. Mas a base é o bom e velho reggae que significa muito pra mim. É uma música de transformação através do amor.”
Suas influências atravessam diferentes gêneros e épocas, indo muito além do reggae jamaicano. “Minhas referências musicais são muitas e diversas. Na música jamaicana, Bob Marley, Lee Perry, Ken Boothe, Alton Ellis, Horace Andy, entre muitos outros. Além do reggae, adoro soul com Marvin Gaye, Stevie Wonder, Michael Jackson, The Supremes. Gosto demais do som eletrônico do Kraftwerk, Depeche Mode. Amo Radiohead. Dos brasileiros, meus favoritos e eternos são Tim Maia, Jorge Ben, Gilberto Gil, Rita Lee, Novos Baianos, Clara Nunes e os meus conterrâneos Luiz Gonzaga e Naná Vasconcelos, sempre.”
RoB também destaca a força das mulheres no reggae atual, que vêm ocupando cada vez mais espaço no gênero. “As mulheres estão partindo pros desafios e ocupando novos espaços que estavam mais restritos. Nos últimos tempos tem surgido muitas mulheres no reggae, e eu estou feliz de estar nesse movimento também. É um movimento que gera uma ocupação pelo amor, pelo desejo de servir, através da voz, a essa música.”