A segunda edição do VerOuvindo Circula acontece entre os dias 19 e 24 de maio, no Recife. O evento leva sessões de cinema com acessibilidade comunicacional para escolas públicas, bibliotecas, instituições para pessoas com deficiência e, pela primeira vez, ao tradicional Cinema São Luiz. A iniciativa promove o acesso de públicos diversos ao audiovisual com recursos como audiodescrição, Libras e legendas descritivas.
A programação reúne o telefilme Eu quero ir, de Pablo Polo, e o documentário Wadjá, de Narriman Kauane. O primeiro acompanha a jovem Iara, de 12 anos, que sonha em jogar futebol, enfrentando o machismo do pai. Já Wadjá retrata a trajetória da educadora indígena Marilena Araújo, do povo Fulni-ô, e sua luta pela preservação da língua materna. A sessão final, no Cinema São Luiz, contará com a presença dos realizadores e de membros da comunidade indígena de Águas Belas (PE).

Duas das seis sessões são abertas ao público, na Biblioteca Pública do Estado e no Cinema São Luiz. Antes de cada exibição, as consultoras de acessibilidade Michelle Alheios (cego) e Mariana Hora (surda) apresentam brevemente a experiência de assistir a um filme com recursos acessíveis. Após as sessões, o público poderá participar de bate-papos com a equipe responsável pela acessibilidade. Todas as conversas terão tradução em Libras e audiodescrição simultâneas.
Idealizadora do projeto, Liliana Tavares destaca que o VerOuvindo Circula amplia o acesso à cultura e sensibiliza sobre inclusão. “Quando uma criança com deficiência visual ou auditiva assiste a um filme com acessibilidade, ela entende que também faz parte daquele universo. Inclusão básica, que transforma vidas e amplia horizontes”, afirma. O projeto é realizado pela Com Acessibilidade Comunicacional, com incentivo da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB-PE).