A exposição Conexões Viscerais marca a estreia do artista cabense Eliú Damasceno na Caixa Cultural Recife. Em cartaz desde o dia 10 de julho, a instalação ocupa a Galeria 1 com a proposta de transformar o espaço em um grande coração pulsante, simbolizando a cidade como um corpo vivo, ligado por afetos, memórias e resistência. A mostra tem entrada gratuita e segue aberta ao público até 24 de agosto.
A ideia da obra nasceu ainda em 2001, a partir de uma vivência familiar. A avó do artista, Maria da Conceição, participou de um curso de artesanato, e anos depois, após a morte de um tio, o pai de Eliú reaproveitou materiais guardados para ajudar o filho em um projeto escolar. Ali teve início o caminho artístico de Eliú, que se fortaleceu com a vitória na Fenearte 2023, quando ele e o pai venceram a categoria de reciclagem.

A trajetória do artista se consolidou ao ingressar no curso de Artes Visuais da UFPE, onde a ideia do coração ganhou forma coletiva. O que começou como protótipo virou escultura, e a escultura virou instalação pública. Depois de um ano em exposição no Centro de Artes e Comunicação (CAC), a obra foi selecionada em um edital da Caixa entre mais de 6.400 propostas. Eliú se tornou o primeiro artista do Cabo de Santo Agostinho a ter um trabalho exibido no espaço.
A montagem do coração contou com o apoio direto do pai do artista e de uma equipe de 14 pessoas. A instalação é composta por 9 mil metros de eletrodutos flexíveis e materiais de construção civil, pesando cerca de 400 quilos. A artista Thalita Gomes também participou do projeto, contribuindo para o acabamento visual da obra, que representa simbolicamente a força vital das cidades e de seus habitantes.

A exposição pode ser visitada de terça a sábado, das 10h às 20h, e aos domingos e feriados, das 10h às 18h.